Santo Agostinho
Aurelius Augustinus nasceu em Tagaste (Numídia) em 354, filho de um funcionário municipal, Patrício, e de Mônica, fervorosa cristã, que a Igreja venera como santa. Embora sua mãe fosse cristã, Agostinho não se interessou por religião quando jovem.
Como estudante, vivia desregradamente. Contraiu uma ligação – que iria durar até 384, e da qual teve um filho, Adeodato. Em 374, lendo o Hortensius, de Cícero, sentiu-se atraído por uma vida menos sensual e mais dedicado à busca da verdade.
Passou a freqüentar as lições dos maniqueus, que lhe pareciam propor a autêntica forma de cristianismo, em oposição à doutrina da Igreja. Em pouco tempo, em sua cidade natal, abriu uma escola. Tornou-se professor de retórica e aos 32 anos converteu-se ao cristianismo.
De volta a Tagaste, vendeu as propriedades que herdara dos pais e fundou uma comunidade monástica. Foi nomeado a sacerdote da igreja de Hipona, função que teve até a morte, 430.
As suas principais obras foram: Confissões, autobiografia escrita entre 397 e 400, uma das obras-primas da literatura universal; A Cidade de Deus, apologia da antiguidade cristã e ensaio de filosofia da História; De Trinitate; Enchiridion, compêndio de doutrina cristã; obras polêmicas várias contra as heresias mencionadas, entre as quais Contra Faustum, De spiritu et littera, De natura er gratia, De gratia et libero arbitrio, De correptione et gratia, De praedestinatione sanctorum; obras exegéticas, como Enarrationes in Psalmos, De genesi ad litteram, Tratado sobre o Evangelho de são João; obras pastorais, como De catechizandis rudibus; cerca de 400 sermões e muitas cartas.