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O Aprimoramento das Novas Tecnologias no Ensino Superior (página 2)


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


Conforme os autores pesquisados nesse artigo como Castell (2000), Cebrián (1999) e Abreu (2006), entre outros, verificou-se o distanciamento da leitura e mostram o surgimento de uma comunidade mais virtual, é possível perceber atualmente que os alunos estão cada vez mais dependentes das tecnologias, e em determinados momentos chega até atrapalhar, pois o debate que se faz necessário para o curso muitas vezes fica precário e pobre de, contudo porque a tecnologia sobre sai. As novas tecnologias permite acesso a outras culturas e ao conhecimento podendo até evidenciar um processo de aprendizagem através somente das tecnologias atuais as quais avançam rapidamente e tem-se sempre se atualizar para acompanhar a evolução tecnológica de hoje, (LEVY, 1999).

"Sempre quando há o surgimento de novas palavras, novos conceitos e a explosão informacional (BELLONI, 2008) configura-se criação de novos hábitos, de estilo de vida, de consumo, e novas maneiras de ver o mundo e de aprender, culminando num processo de produção de cultura na sociedade. Pesquisas acadêmicas ou informais, sobre qualquer tema, podem ser realizadas em sites de busca; os sites de relacionamento aumentam em quantidade, favorecendo novas amizades e namoros; as pessoas criam seus espaços próprios na Web, como comunidades virtuais, blogs, home Page - conforme já citado no texto do item anterior - mas o sistema educacional, no que diz respeito às práticas pedagógicas, ainda não se apropriou de tais tecnologias de forma a atingir fortemente a cultura escolar a partir dessa explosão informacional e tecnológica".

De acordo com, Pierre Levy ressalta a necessidade de construção de novos modelos do espaço dos conhecimentos, salientando que :

"devemos preferir a imagem de espaços de conhecimentos emergentes, abertos, contínuos, em fluxo, não lineares, se reorganizando de acordo com os objetivos ou os contextos, nos quais cada um ocupa uma posição singular e evolutiva" (LEVY, 1999, p. 158).

Assim, a educação presencial passa por muitas mudanças, também, a educação e, bem como, a sala de aula é "desterritorializada" através da educação à distância - EAD com uso das tecnologias de informação e comunicação, essas tecnologias vêm para ajudar a inclusão social e também a defasagem do ensino, que ainda hoje se encontra numa situação de atraso.

"Ter contato com grande quantidade de informações disponível na Web e novas relações sociais proporcionadas através da apropriação das TIC, cada vez mais têm feito parte do cotidiano dos jovens alunos, e assim, sendo denominados de cabeças digitais por Abreu (2006). O que tem sido chamada de "novas tecnologias" pelos professores, são simplesmente as tecnologias que os jovens vêm tendo acesso desde crianças. Jacquinot-Delaunay (2008) diz que não existem novas e velhas tecnologias, mas instrumentos para informar e comunicar, jogar ou ajudar nos trabalhos escolares; e "a cada surgimento de nova tecnologia existente, se faz necessário adquirir novos conhecimentos e novas formas de usos sociais" (JACQUINOT-DELAUNAY, 2008, p. 268).

Fica evidente que se necessita cada vez mais de um aprimoramento para termos capacidade de acompanhar a evolução tecnológica atual. Cabe aos professores universitários uma busca por esse conhecimento uma vez que é através deles que será transmitido o conhecimento para uma gama de alunos. Pois essas tecnologias têm avançado muito nos últimos anos e muitos não conseguem ou não se prepara para acompanhá-la.

Abreu (2009) ressalta que os professores têm dificuldades para reconhecer a diferença entre os termos conhecimento e informação: conhecimento é informação processada. Desta forma, é muito importante o papel do professor neste contexto de participar da transformação das informações, aquelas que os alunos possuem, em conhecimento.

Belloni (2008) salienta que se evidenciam duas atitudes opostas dos professores quanto ao uso das TIC no campo da educação: de um lado, como se as elas fossem um instrumento com o objetivo de resolver todos os problemas da educação; e, de outro lado o posicionamento de resistência frente às TIC por não perceber o que está em jogo e/ou não perceber sua utilidade. Porém, ao recorrer a ações para integração das TIC na educação é preciso evitar o "deslumbramento" do uso indiscriminado das tecnologias por si e em si, Belloni (2008, p. 73) afirma que utilizar as TIC "mais por suas virtualidades técnicas do que por suas virtudes pedagógicas". Neste contexto, pesquisadores como Brito e Purificação (2008), Belloni (2008), Abreu (2006), Santos e Radtke (2005), Garcia-Vera (2000) têm apontado para a importância da formação de professores, bem como a reflexão sobre a sua prática docente.

Santos e Radtke (2002, p. 328) salientam que "a formação não pode ser dissociada da atuação, nem se limitar à dimensão pedagógica ou a uma reunião de teorias e técnicas. A formação e a atuação dos docentes para o uso da informática em educação são um processo que inter-relaciona o domínio dos recursos tecnológicos com a ação pedagógica e com conhecimentos teóricos necessários para refletir, compreender e transformar essa ação."
 
Percebe-se que contato de professor e aluno seja construído em relação ao um novo olhar direcionado ao um aprendizado através das novas tecnologias. Cabe a todos envolvidos no processo elaborar e aprimorar um novo currículo em prol do ensino através das novas tecnologias. Sendo que nesse momento cabe o conhecimento prévio de cada um pois é através do que cada um sabe que se constrói o aprendizado.

"As instituições de ensino é um lugar para atenuar as desigualdades causadas tanto pelos equipamentos, como pelo consumo e acesso aos meios, diz Jacquinot- Delanay (2008), pois nem todos os alunos são iguais e nem todos têm o mesmo acesso aos meios e aos serviços tecnológicos, bem como, utilizando-os de forma a contribuir para sua aprendizagem. Desta forma, pensando em diminuir esta desigualdade e também, para além de uma prática instrumental - típico de certo tecnicismo e deslumbramento acrítico (BELLONI, 2005), os educadores têm necessidade de saber o que há realmente de 'novo' nessas 'últimas novidades' tecnológicas e de praticá-las, dia a dia, para aproveitá-las em sala de aula, ao serviço das novas modalidades de aprendizagem, e evitar - como acontece com frequência - de tentar fazer o novo com o 'velho'!" (JACQUINOT-DELANAY, 2008, p. 268)

Considerando as discussões dos autores pode-se perceber que concordam que o uso de tecnologias nas aulas é um ponto de partida importante para a educação, mas para que isso ocorra é necessário que as instituições e professores estejam aptos para lidar com esses recursos, pois se sabe que na maioria das vezes isso não ocorre por falta de capacitações e de políticas públicas que atentam para esse problema que enfrenta o ensino hoje, pois de acordo os autores ainda tem um longo caminho a percorrer para a implementação completa das novas tecnologias no ensino principalmente no superior que ainda enfrenta barreiras, sendo que a tecnologia foi criada para facilitar a vida do ser humano. Recursos tecnológicos estão intimamente ligados ao progresso da sociedade. O termo é objeto de reflexão desde o seu surgimento, já que não se resume aos meios de produção, mas, também, aos produtos e objetos, como CDs, DVDs, página impressa, computadores, MP3 etc. (FERREIRA, 2001).

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Como referenciar: "O Aprimoramento das Novas Tecnologias no Ensino Superior" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 20/04/2024 às 03:39. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/o_aprimoramento_das_novas_tecnologias/index.php?pagina=1