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Artes Visuais na Sala de Aula

Autor: Paola Menezes Fagundes e Simone Pereira da Costa
Data: 30/04/2010

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Escolhemos a Arte, pois este tema nos causou dúvidas durante a prática pedagógica, em nossa graduação vimos que a Arte é muito importante e tem uma metodologia de trabalho a ser seguida, explora diversas questões, têm objetivos e conteúdos específicos a serem trabalhados, mas que na prática em sala de aula não é assim que vem acontecendo, as pessoas resumem a Arte a técnicas artísticas, cópias e reproduções, dizendo estarem trabalhando com Artes.

Buscamos nos orientar através de leituras de alguns autores como Anamélia Bueno Buoro, Kandinsky, Deheinzelin, além dos cadernos de estudo que embasaram nossa graduação.

O nosso objetivo com esse trabalho é proporcionar uma percepção das Artes como parte integrante do currículo, sendo um conteúdo vivo, dinâmico, que possibilita a ampliação do repertório cultural, visual e criativo dos alunos, dentre outros tantos eixos que a Arte nos trás.


PANORAMA HISTÓRICO

1980

Fundamentação da práxis - Cadernos de atendimentos ao pré-escolar (1982), criados pelo Ministério da Educação e Cultura - MEC.

- Pouco priorizavam o conhecimento, centrando-se apenas nas questões emocionais, afetivas e psicológicas e nas etapas evolutivas da criança. Com relação à arte na educação.

- Os pressupostos eram muito mais voltados à recreação do que as articulações com a Arte, a cultura e a estética. Como exemplo, é possível citar a ênfase em exercícios bidimensionais que priorizava desenhos e pinturas chapadas, ou seja, os conceitos sobre a arte resumiam-se a simples técnicas.

1990

Fundamentação da práxis  - Caderno do professor da pré-escola

- Tentativa de abordagem contextualista, qual a arte deixa de ser tratada apenas  como atividade  prática de lazer , incorporando o ato reflexivo. Apesar dessas transformações, a arte  permanecia  ainda com foco em abordagens psicológicas  e temáticas. A arte na educação infantil nesta década ainda buscava uma  consistência teórica, conceitual e metodológica.

1995/2000

Fundamentação da Práxis ? Caderno do Professor da Pré-escola.

As  discussões reflexivas sobre a arte na educação infantil ganham novos espaços na literatura , nas propostas curricular e especialmente na área da pesquisa. Discutiu-se com  maior  ênfase propostas metodológicas com base no tripé: História da Arte, Apreciação e Produção.

2000

Abandono da chamada "Livre expressão" para a utilização do tripé.

Curvatura da Vara.

Segundo esta Teoria citada por Saviani , quando uma vara está torta, não basta coloca-la na posição correta para indireitá-la. É preciso curvá-la para o lado oposto. Esta foi à defesa enunciada por Lênin para se defender quando foi criticado por assumir posições extremistas e radicais.

2009

A vara está voltando para o lugar...

Como historicamente pode se observar, a Arte na Educação Infantil possuía um perfil de recreação e de desenvolvimento emotivo e motor. Hoje a Arte na Educação Infantil está em processo de rupturas e transformações, exigindo das políticas educacionais, dos cursos de formação de professores, especialmente das licenciaturas em Arte, um comprometimento com os aspectos cognitivos, sensíveis e culturais.

É importante que todos os profissionais que atuam com o ensino da Arte, façam uma reflexão não somente dos processos de sala de aula, mas também de seu papel como cidadãos, protagonistas de uma história.

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Como referenciar: "Artes Visuais na Sala de Aula" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 03/05/2024 às 09:51. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/artesvisuais/