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Aprendizagem Centrada na Pessoa: Contribuições do Professor Facilitador sob o Enfoque Rogeriano (página 2)

2.    OBJETIVO

Pesquisar as contribuições do professor facilitador para o processo de ensino e aprendizagem, na perspectiva da Aprendizagem Centrada na Pessoa (ACP), por meio de revisão bibliográfica.

Objetivos específicos

- Revisar a teoria de Carl Rogers sobre a importância do trabalho docente para a aprendizagem dos alunos;
-  Pesquisar o papel do professor facilitador para Rogers;
-  Investigar as práticas pedagógicas do professor facilitador sob a visão rogeriana.

3.    METODOLOGIA


Esta pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica, na qual possibilitou contato direto com o tema da Aprendizagem Centrada na Pessoa (ACP), sob a visão Humanista rogeriana. Para isso, foram utilizados diferentes materiais como livros, artigos, revistas eletrônicas, entre outros recursos que contribuíram para desenvolver este assunto. Lakatos e Marconi, em seus estudos nos esclarecem que a pesquisa bibliográfica:

[...] abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, materiais cartográficos, etc. [...] e sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto [...]. (Lakatos e Marconi 2001, p. 183).

4.    DESENVOLVIMENTO

4.1. Qualidades Facilitadoras da Aprendizagem


Guedes aponta, algumas qualidades facilitadoras que devem permear o processo de aprendizagem garantindo um ambiente propício para a liberdade dos educandos adquirirem novos conhecimentos. Dentre estas características estão à autenticidade, o apreço, a aceitação, a confiança e a compreensão empática (Guedes 1979, p. 65).

Por autenticidade entendemos as ações do professor dentro de um contexto de honestidade e transparência. Rogers admite que esta qualidade não seja fácil de ser aplicada, pois o ser humano tende a mostrar aos outros sempre o melhor de si, assim não é totalmente verdadeiro em suas interações. (Rogers 1977, p. 112).

Para o autor, é primordial que o docente seja ele mesmo e mostre a seus alunos que o ser humano tem diversos sentimentos e não precisam ser escondidos, nem disfarçados. Nesta perspectiva o professor será honesto com o aluno e dirá o que realmente pensa sobre seu envolvimento em uma atividade ou trabalho, não para diminuir ou motivar seu aluno, mas sim para que seja estabelecida uma relação de confiança entre ambos.

Quando Rogers nos remete ao apreço, a aceitação, e a confiança, quer nos mostrar que o docente deve ser capaz de aceitar seu aluno da forma que ele realmente é, um ser humano com defeitos e potencialidades a serem despertadas, por isso é necessário que o profissional da educação compreenda que haverá momentos em que o educando estará com pouco interesse nos estudos, em outros poderá estar superentusiasmado para buscar seus conhecimentos ou mesmo teimar em alcançar respostas por caminhos que não levarão a um conhecimento profundo.

Em qualquer situação que o aluno se apresentar, será primordial que ele encontre apoio no facilitador da aprendizagem, aceitando-o como realmente é e valorizando seus esforços na aquisição de novos saberes, para tanto o educador deverá estar sempre pronto a escutar seus alunos, e nesta troca, em um clima de respeito, pode-se favorecer a comunicação entre professor e aluno em um elo de confiança.

Outra qualidade facilitadora na aprendizagem é a compreensão empática. Definimos esta característica como a qualidade de poder colocar-se no lugar do outro, confiando sinceramente na capacidade e potencialidade do educando. Desta maneira podemos destacar as atitudes do docente ao saber ouvir e sentir as situações colocadas por seus alunos como se fossem suas próprias, como se ele mesmo estivesse vivendo a situação, levando-o a compreender as ações de seus alunos de uma maneira singular que os valorize.

Quando o docente renunciar sua pratica de ensino centrada nos conteúdos e em si mesmo, e substituí-la pela aprendizagem centrada na pessoa, certamente se surpreenderá com as mudanças que ocorrerão em seus educandos, pois se desenvolverão de maneira autoiniciada e autônoma, na busca de seus objetivos e metas de aprendizagem. Ao mesmo tempo ficará admirado com as mudanças promovidas em si mesmo, ao passo de descobrir-se como um libertador de mentes, que agora pensantes estarão alcançando aprendizado para a vida (Rogers 1977, p.127), assim formarão pessoas aptas a exercerem plenamente sua cidadania.  

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Como referenciar: "Aprendizagem Centrada na Pessoa: Contribuições do Professor Facilitador sob o Enfoque Rogeriano" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 20/04/2024 às 08:54. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/artigos/aprendizagem_centrada_na_pessoa/index.php?pagina=1